Quem é o maior responsável pelos incêndios que estão ocorrendo no Brasil?
Muitas vezes, esses incêndios são provocados intencionalmente por humanos, mas a seca severa e a expansão do desmatamento agravam a situação
GloboNews / G1 / Don Carlos Leal
17/09/2024 14h19 - Atualizado em 18/09/2024 às 00h03
Municípios brasileiros totalizam prejuízo de 1 bi e 100 milhões de reais em decorrência de incêndios florestais entre janeiro e 16 de setembro de 2024. - Imagem: Agência Brasil / Reprodução
O aquecimento global tem uma relação significativa com os incêndios que ocorrem no Brasil. As mudanças climáticas estão contribuindo para condições mais secas e quentes, o que aumenta a probabilidade e a intensidade dos incêndios florestais. Além disso, o desmatamento e a degradação das florestas reduzem a umidade do solo e da vegetação, tornando as áreas mais suscetíveis a incêndios. A combinação de práticas humanas, como queimadas para limpeza de terras, e os efeitos do aquecimento global cria um ambiente propício para a propagação dos incêndios. Os municípios brasileiros totalizam prejuízo econômico de um bilhão e cem milhões de reais em decorrência de incêndios florestais entre janeiro e 16 de setembro de 2024. O valor é 33 vezes maior que as perdas computadas no mesmo período do ano ado. Os dados constam em decretos de situação de emergência por queimadas e são compilados pela Confederação Nacional dos Municípios. São até aqui no ano, 749 decretos, com 11 milhões e duzentas mil pessoas afetadas pelos incêndios. Os números mostram também o cenário de municípios em situação de seca e estiagem no país. Em 2024, o Brasil teve pouco mais de nove milhões de pessoas afetadas por esta condição e mais de 43 bilhões de reais em prejuízos econômicos. O Secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, destacou que há uma “cultura” de queimadas no agronegócio que precisa ser combatida com repressão e punição severa. Além disso, a sensação de impunidade contribui para a escalada dos incêndios. "Como é que nós mudamos essa cultura? Aqui é caso realmente de repressão dentro da lei, nos termos da lei. E o Ministério da Justiça tem incentivado, não só essa repressão com os bombeiros, e procurando apagar os incêndios", afirmou. "O crime ambiental precisa ser punido de forma muito severa, porque nós estamos lidando com a vida das pessoas. Essas pessoas estão sendo identificadas e serão responsabilizadas. Não só sob o prisma criminal, mas também sob o prisma da indenização, da reposição do bioma, porque é indispensável", declarou.
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FONTE: G1
