“Deveriam ter jogado do penhasco”, diz senador Jorge Seif sobre homem jogado de ponte em SP.
Você concorda com o senador Seif? Após pressão, o senador apagou a publicação nesta quinta-feira (5)
Beatriz Alvesda / Rafael Saldanha / Don Carlos Leal
04/12/2024 12h41 - Atualizado em 04/12/2024 às 12h41
Senador Jorge Seif (PL-SC) - Foto: Geraldo Magela / Agência Senado / Reprodução
O senador Jorge Seif (PL-SC) foi às redes sociais defender os policiais militares que arremessaram um homem de uma ponte após uma abordagem na zona Sul de São Paulo. Em publicação nesta quarta-feira (4), o parlamentar afirmou que as autoridades “deveriam ter jogado [o homem] de um penhasco”. “Imprensa nacional demonizando a PM de SP. O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego. Deveriam ter jogado do penhasco. Porque com essa justiça sem vergonha que libera vagabundo em audiência de custódia, levar pra delegacia e ser satirizado por criminoso é o fim do mundo. Tomar um banho no córrego é prêmio”, escreveu o senador no X (antigo Twitter).
“Minha solidariedade e apoio INCONDICIONAL aos PMs e ao Secretário de Segurança Publica Guilherme Derrite. O “filósofo” Sivuca já dizia em 1986 “bandido bom é bandido morto”. Tá com pena das vítimas da sociedade? Leva pra casa!”, acrescentou.
Na segunda-feira (2), policiais militares foram flagrados jogando um homem de uma ponte na rua Padre Antônio Gouveia, no bairro de Cidade Ademar.
Segundo informações preliminares, o indivíduo havia fugido de moto após uma abordagem ocorrida em Diadema, na região metropolitana. O nome dele não foi divulgado e não há informações sobre seu estado de saúde ou se ele possui agens pela polícia.
Os policiais que aparecem nas imagens pertencem ao 24º Batalhão de Diadema. Após a repercussão do caso, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, determinou o afastamento imediato dos policiais envolvidos na ocorrência.
A corregedoria da Polícia Militar de São Paulo pediu a prisão do soldado que jogou um homem de uma ponte na madrugada da última segunda-feira (2). O pedido foi encaminhado à Justiça Militar após tomada de depoimento do agente. A secretaria de Segurança Pública acatou o pedido de prisão na manhã desta quinta-feira (5).
Nesta quinta-feira (5), o senador apagou a publicação feita nas redes sociais.
O caso ganhou repercussão nacional e elevou a pressão sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que negou intenção de trocar o secretário de Segurança Pública de SP, coronel Guilherme Derrite, mas itiu que é preciso fazer “ajustes” na PM do estado. No total, 13 policias foram afastados depois do episódio.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) repudiou a ação da PM e disse que “providências serão tomadas”.
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FONTE: CNN
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