Qual o principal fator motivacional para os suicídios no Brasil?
É fundamental que a sociedade, os governos e os profissionais de saúde estejam atentos a esse problema de saúde pública e trabalhem juntos para prevenção e conscientização
Vanessa Pimentel / Gabriel Bosa / Don Carlos Leal
08/03/2024 17h19 - Atualizado em 09/03/2024 às 00h03
O suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial, e suas causas podem variar de pessoa para pessoa. - Imagem: Reprodução
Nos dias de hoje, as redes sociais têm um grande poder de afetar a saúde mental das pessoas. É importante estar ciente dos sinais e não permitir que o mundo virtual controle nossa vida. Os índices de suicídio no Brasil têm sido uma preocupação crescente e merecem atenção. Vamos analisar os dados mais recentes. Em 2022, houve 16.262 registros de suicídio no Brasil, resultando em 8 suicídios por 100 mil habitantes. Isso representa um aumento de 11,8% em relação a 2021, quando a taxa foi de 7,2 homicídios por 100 mil habitantes. Desde 2010, os índices de suicídio no país seguem uma tendência de crescimento. Entre 2010 e 2019, houve um aumento de 43%, ando de 9.454 casos para 13.523. O Brasil ocupa o 8º lugar entre os países com os maiores índices de suicídio, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Observa-se que o aumento de casos é mais específico nas Américas, enquanto globalmente houve uma redução de 36% nas taxas de suicídio entre 2000 e 2019. Os índices são maiores entre os homens. Em 2019, a taxa de morte por suicídio foi de 10,7 por 100 mil para homens e 2,9 por 100 mil para mulheres. Comparando 2009 e 2018, houve um aumento de 45,7% nos índices de suicídio entre mulheres e 33% entre homens. As redes sociais podem influenciar comportamentos. O cyberbullying, por exemplo, pode levar ao isolamento e à depressão. Problemas como comparação e necessidade de aprovação também afetam a saúde mental.O suicídio pode se tornar uma saída para quem está em sofrimento. Assim como outras formas de fuga da realidade, usar as redes sociais pode ser prejudicial. O uso excessivo pode ser uma tentativa de regulação emocional não saudável. Lembre-se de que a responsabilidade está nas redes sociais e em como as utilizamos. Em caso de pensamentos autodestrutivos, procure ajuda no CVV (Centro de Valorização da Vida), pelo telefone 188, ou pessoalmente nos postos de atendimento em todo o Brasil.
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FONTE: DIÁRIO DO LITORAL
