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Recentemente, houve uma mudança em São Paulo, onde o governo lançou um novo edital para aquisição de equipamentos, permitindo que os policiais escolham quando ativar as câmeras de forma intencional
A maioria dos estados que adota câmeras corporais na Polícia Militar determina a gravação ininterrupta das imagens nas fardas dos agentes, de acordo com um levantamento do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP). No entanto, recentemente, houve uma mudança em São Paulo, onde o governo lançou um novo edital para aquisição de equipamentos, permitindo que os policiais escolham quando ativar as câmeras de forma intencional. Essa mudança foi criticada por entidades de segurança pública e direitos humanos. A gravação ininterrupta tem sido associada a benefícios significativos, incluindo a redução da letalidade policial, do uso indiscriminado da força durante abordagens e a proteção jurídica e física dos próprios policiais. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas com a USP concluiu que as companhias da PM paulista com câmeras corporais tiveram uma redução de 57% no número de mortes decorrentes de intervenção policial, sem diminuir a efetividade do trabalho da polícia. Além disso, evidências científicas indicam que as câmeras corporais reduzem o uso de força e as reclamações de conduta policial entre 25% a 61%. Também há uma redução na subnotificação de casos de violência doméstica: na presença de câmeras, os policiais relatam esse tipo de infração mais frequentemente. Portanto, embora o modelo de gravação ininterrupta tenha sido bem-sucedido em São Paulo e em outros estados, a decisão sobre qual modelo é mais efetivo pode depender de fatores específicos de cada localidade e das políticas de segurança pública adotadas. A escolha entre os modelos deve considerar cuidadosamente os benefícios e desafios associados a cada abordagem.
