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O ano que acaba de se iniciar promete ser de agitação no campo internacional
Mundo afora, haverá mais de 70 eleições em 2024, o que envolve mais da metade da população do planeta. Entre elas, disputas sensíveis, como as que ocorrem nos Estados Unidos, na Rússia, na Venezuela, em Taiwan e no Parlamento Europeu, por exemplo. Essas eleições, em particular, são importantes porque funcionarão como termômetro para que possamos mensurar o peso que ainda tem o populismo, o nacionalismo e o personalismo político em países centrais. O tenso relacionamento sino-americano e o futuro de conflitos de grande proporção, como é o caso das guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, e, por consequência, a estabilidade global, sofrerão severos impactos a depender do desfecho de algumas dessas eleições. Analisar demografia é essencial para entender a composição e as necessidades da população global. O mundo nunca esteve tão envelhecido, o que gera alterações nos padrões de renda e pressão sobre os planos de previdência e os sistemas de saúde em diversos locais. O mundo também esgarça os limites da desigualdade, com problemas que vão do preconceito, da fome até à segurança pública. Não se pode ignorar o peso das ideias e crenças, que seguem se antagonizando nesse mundo em transformação, seja nos já conhecidos embates entre progressistas e conservadores, que se agravam, ou em outros tipos de "guerras culturais", que refletem transformações no campo religioso, identitário, e dos costumes durante esse século. Em 2024, seguirão havendo avanços no campo da inteligência artificial, o que produz não apenas um óbvio impacto sobre o mercado de trabalho, mas também a necessidade de readequar o modus operandi no mundo em várias frentes. Com a vida online crescendo desenfreadamente e em redes cada vez mais complexas, o combate à desinformação e a regulamentação da internet deverão concentrar atenção de governos em boa parte dos países.
